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quarta-feira, 30 de abril de 2025

O que o conclave não é! 5 definições que você deve saber

 

ALBERTO PIZZOLI | AFP

Paulo Teixeira - publicado em 29/04/25


Muito se debate sobre a escolha do novo pontífice e sobre os métodos desta eleição. O Conclave vem do latim Cumclavis e quer dizer sob chaves, no sentido de uma reunião fechada e sob sigilo. O Conclave tem a função de escolher o Papa, que é o bispo de Roma.

Nem sempre a Igreja utilizou esse meio, mas, depois do século X essa foi a forma estabelecida. Quem participa do Conclave e escolhe o novo Papa são os cardeais. É um ritual complexo e cheio de significados que marca a importante escolha de um novo pontífice. Contudo, é importante apresentar aqui algumas coisas que o conclave não é e que a gente pode se confundir.

1. NÃO É DEMOCRACIA

Os Cardeais são todos titulares de uma igreja de Roma, dessa forma, é o clero de Roma que escolhe seu novo bispo. Certamente a Igreja encontrou maneiras de fazer com que pessoas de diversos lugares do mundo possam “pertencer” ao clero romano e, assim, eleger o Papa. Mas não é uma democracia representativa. Os cardeais representam suas realidades, mas não a população. Por exemplo, neste Conclave não haverá “representantes” de Milão, nem de Paris, pois seus arcebispos não são cardeais. Mas haverá um cardeal que é missionário na Mongólia, país com 1400 fiéis; e um cardeal da Suécia, país com 3% de católicos na população.

2. NÃO TEM PARTIDOS

Muito se fala sobre as alas progressistas, conservadoras e moderadas. Alguns veículos de comunicação até publicam imagens da “composição política” do Conclave. Mas o fato é que não existem partidos, mas visões diferentes.

Um cardeal não é como um deputado que chegou até sua posição por meio de acordos e apoios, que em geral são positivos. O cardeal é escolhido pelo Papa e, em geral, são homens de muito estudo, de espiritualidade profunda e com experiências significativas na Igreja. Por exemplo, estarão presentes o Cardeal Brenes da Nicaragua, país duramente provado por um regime totalitário, e o Cardeal Steiner que é Arcebispo de Manaus, no coração da Amazônia brasileira. Homens com visões significativamente diferentes e particulares, que não poderiam se associar em um “partido”.

3. NÃO TEM VENCEDOR

Nem tem perdedor. Quem não for escolhido não perdeu nada, nem tempo, nem dinheiro, nem saliva nos debates internos. O novo Papa também não é vitorioso no pleito. Embora seja necessário um número significativo de votos, o que eles aferem é o consenso e não simplesmente a maioria.

4. NÃO TEM "TROPA DE CHOQUE"

De forma maldosa há quem diga que o Papa Francisco organizou esse Conclave escolhendo cardeais que fizessem mais sua linha de pensamento. O Papa João Paulo II também realizou em 2001 um consistório para a criação de 42 cardeais. Não era para organizar sua sucessão, mas para ampliar o debate.

O Papa Francisco nomeou cardeais de pequenos países como Timor-Leste e Toga, e de regiões de minoria cristã, como Irã e Paquistão. Da África são 17 cardeais votantes. Esses cardeais não formam uma “tropa de choque” que vai competir com os votos dos 10 cardeais estadunidenses ou dos 17 italianos, mas irão ampliar o debate.

5. NÃO TEM INFLUÊNCIAS EXTERNAS

Os cardeais realizam uma cerimônia chamada de extra omnes antes das votações, que quer dizer fora todos. Existe o sigilo e também quem trabalha no Vaticano nesse período, como cozinheiros e equipe da limpeza, também faz um compromisso de sigilo. A equipe de comunicação nem passa perto do conclave: não há o que comunicar. Os cardeais ficam entre si. Certamente o contexto do mundo marca o pensamento dos cardeais. Mas seria muito restrito achar que um governo ou grupo de poder influenciaria na escolha, existem outras influências. No Conclave que escolheu João Paulo II, por exemplo, certamente os cristãos perseguidos do leste europeu foram influenciadores para a escolha de um Papa do outro lado da cortina de ferro, mas poderes políticos não teriam relevância no debate.

Fonte: Aletéia

SEDES VACANS

VINDE ESPIRITO SANTO!

terça-feira, 22 de abril de 2025

APOSTOLICA SEDES VACANS

21.04.2025


MORRE PAPA FRANCISCO

 




Declaração do Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, 21.04.2025


Às 9h47 desta manhã, Sua Eminência o Cardeal Kevin Joseph Farrell, Camerlengo da Santa Igreja Romana, anunciou com tristeza a morte do Papa Francisco, com estas palavras:

“Queridos irmãos e irmãs, é com profunda tristeza que devo anunciar o falecimento do nosso Santo Padre Francisco.

Às 7h35 desta manhã, o Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e da Sua igreja.

Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados.

Com imensa gratidão por seu exemplo como verdadeiro discípulo do Senhor Jesus, encomendamos a alma do Papa Francisco ao infinito amor misericordioso do Deus Uno e Trino."



Fonte: VATICANO

terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Por que Santa Inês é retratada com um cordeiro?

 

Santa Inês e o cordeiro

A conexão mais imediata entre Santa Inês de Roma e os cordeiros é o seu próprio nome, que vem do latim "agnus" - mas há mais do que isso.

Santa Inês de Roma, cuja festa é celebrada em 21 de janeiro, costuma ser retratada na arte religiosa segurando um cordeiro ou ao lado de um desses animais de grande simbolismo para os cristãos.


Além disso, é tradição que os cordeiros sejam abençoados todo ano em pleno dia de sua festa litúrgica, reservando-se a sua lã para fazer o pálio, vestimenta branca semelhante a um lenço que é usada sobre a casula do bispo metropolitano.

Além disso, há uma história medieval, registrada na célebre coletânea "Legenda Aurea" (Lenda Dourada), que reforça esta ligação relembrando um episódio pouco posterior à sua morte:


"Ocorreu que, certa noite, quando os amigos de Santa Inês vigiavam o seu sepulcro, viram uma grande multidão de virgens vestidas com vestes de ouro e prata, e uma grande luz brilhou diante delas. 
Do lado direito, havia um cordeiro mais branco do que a neve. 
Também Santa Inês aparecia entre as virgens e disse a seus pais: 
'Olhai e vede de não já lamentar-me como morta, mas alegrai-vos comigo, pois com todas estas virgens deu-me Jesus Cristo a mais refulgente habitação e morada, e estou com Ele unida no céu, a quem na terra amei com todo meu pensar'".


Nesse relato, a presença de um cordeiro simbolizava a pureza, em referência à pureza de sua vida.

Desde então, Santa Inês foi quase sempre retratada junto a um cordeiro - e os cordeiros continuam a ser abençoados até hoje na sua festa litúrgica.

Fonte: Aletéia

Santa Inês, rogai por nós!
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